Em 1110, as necessidades de administração territorial levaram D. Henrique a conceder uma Carta de Couto ao Mosteiro de Tibães. Os coutos eram privilégios senhoriais, semelhantes a concelhos, e o Couto de Tibães abrangia uma vasta área em torno do mosteiro, estendendo-se até ao rio Cávado. Esta região, de grande fertilidade, contribuiu para que o Mosteiro de Tibães se tornasse um dos mais ricos e influentes da região.
Este percurso propõe explorar uma parte significativa do antigo couto, onde o verde vibrante dos campos contrasta com as águas do rio Cávado e do modesto rio Torto. Ao longo de 22 km, vários pontos de interesse ilustram a íntima ligação entre o mosteiro e o seu envolvente, que se destaca pela riqueza patrimonial. Entre os principais destaques, encontram-se o Mosteiro de Tibães, o jardim de verão dos monges, a cerca do mosteiro, diversos moinhos e pesqueiros ao longo do rio Cávado, além de várias igrejas, capelas e marcos que delimitavam o couto e as freguesias que o compunham. Um dos pontos de interesse mais notáveis é o único marco miliário visível em espaço público no concelho de Braga.
O percurso desenvolve-se, em parte, junto ao leito do rio, atravessando trilhos e caminhos rurais, com o monte de São Filipe a apresentar o único desnível significativo ao longo do trajeto.