Percurso de âmbito paisagístico com vertente histórica, desde a paisagem rural do vale de Covide, com bosques e ribeiros, até à tipicamente granítica da serra do Gerês, sendo impressionante nas partes mais altas. É um percurso exigente, pela inclinação e piso instável em algumas secções.
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Inicialmente, segue ao longo da N307, mas, rapidamente, desvia para um caminho empedrado através de um bosque de folhosas, com alguns notáveis azevinhos (Ilex aquifolium). Atravessando a ribeira de Freitas começa a ascensão suave por paisagem rural. Na 1ª bifurcação segue-se pela direita e, na seguinte, pela esquerda e, pouco depois, encontramos um marco miliário e a sinalização da antiga via romana, a Geira.
Quando o caminho deixa o bosque, segue pela direita e, aqui, a paisagem abre, dominada por afloramentos graníticos e matos rasteiros, principalmente urze, tojo e carqueja. Quase no fundo do vale, na confluência de duas linhas de água, deixa-se o caminho principal e toma-se um trilho estreito à direita. A partir deste ponto, as marcações do caminho são complementadas com mariolas (montes de pedras usadas tradicionalmente pelos pastores para se orientarem em dias de nevoeiro, razão pela qual não deve empilhar pedras à toa).
Ao longo da ascensão da serra, os penedos graníticos são cada vez mais dominantes na paisagem e impressionantes pela sua dimensão e formatos. À esquerda, o afloramento mais alto, com os seus 919 m de altitude: o Tonel. À direita, temos uma vista ampla sobre o vale de Covide.
Por aqui, as vacas barrosãs pastam em liberdade pelo monte. Nestas cotas acima dos 800 m, a paisagem de montanha revela-se de forma notável. Esta é também a parte mais íngreme e exigente com trilhos estreitos e algumas rochas para trepar. A dada altura, chegamos a uma pequena e fresca caverna, a qual atravessamos por uma passagem baixa. Continuamos a trepar, por um trilho encaixado por entre rochas cobertas de musgo, que parecem fundidas com troncos de árvores imponentes.
Pouco depois, a sul, aberta no penedo com o mesmo nome e que o atravessa de um lado ao outro está a Fenda da Calcedónia. No outro extremo da fenda, existiu em tempos uma povoação da Idade do Ferro (que dá o nome a esta PR - pequena rota), ocupada posteriormente pelos romanos, sendo visível parte da muralha deste castro.
Deste ponto, através de um trilho que pode ser de difícil progressão, devido ao declive, o percurso desce a encosta. Quando começar a seguir para norte temos uma visão ampla para o vale e para o limite do parque nacional, definido pela N308 entre o rio Caldo e Covide. A encosta encontra-se revestida por matos baixos e tem o seu cume no Piorneiro, a 992 m. No final da longa descida, após atravessar a linha de água, o percurso continua pela esquerda no cruzamento. No entanto, aconselhamos um pequeno desvio à direita, que leva a um pequeno açude de pedra e a um antigo moinho de água, também em granito. Voltando ao caminho, o troço final é uma subida fácil por um estradão largo.