O percurso sinalizado com início na Cascata da Cabreia, desenvolve-se pela área circundante, oferecendo três alternativas com diferentes extensões. A maior delas permite a passagem pelo perímetro do Complexo Mineiro da Malhada e Braçal. Nestes locais, era explorada a Galena, um minério de chumbo. O Braçal, a Malhada e o Coval da Mó formaram um dos mais importantes centros mineiros do norte do país.
A descoberta de vestígios antigos nestas minas sugere que já existiam, provavelmente, desde a época dos Romanos. Em 6 de agosto de 1836, foi emitido um decreto concedendo o campo da antiga mina do Braçal a José Bernardo Michelis. Em 1840, a concessão passou para o alemão Diederich Mathias Fewerheerd, que a explorou durante dez anos. Em 1850, foi descoberta a mina da Malhada, a cerca de 300 metros da do Braçal, cujo poço principal, o "Poço Mestre Linna", tem cerca de 400 metros de profundidade.
Uma nova fase começou em 1882 com a criação da Companhia Mineira e Metalúrgica do Braçal, e em 1898, formou-se uma Companhia Belga que se propôs revitalizar e modernizar as minas. Todo o complexo mineiro é banhado pelo rio Mau, que passa por este local, formando a bela cascata da Cabreia, e que, na zona mineira, se encontra escondido, quase sempre canalizado em túneis.
Nos anos de 1862 a 1863, ocorreram grandes manifestações populares contra as minas, devido a alegações de que os fumos dos fornos prejudicavam as culturas. Já no século XX, a empresa mineira foi administrada durante vários anos pelo Sr. Engenheiro Gregório Pinto Rola. Após alguns anos de interrupção, a exploração mineira foi reativada em 1942, terminando definitivamente em 1958, sob a administração do Sr. Engenheiro João Oliveira Vidal. De 1949 a 1955, chegaram a trabalhar neste complexo mineiro 742 operários, tornando esta empresa uma das maiores do Distrito de Aveiro. O encerramento das minas provocou um grave problema social, levando muitos a emigrar para França e Alemanha.