Com início no Centro de Tecelagem Artesanal de Chãos, edifício anexo de antiga casa florestal, recuperado em 1993 e a funcionar como oficina de tecelagem artesanal, o percurso atravessa a povoação de Chãos descendo depois para Alcobertas, povoação rica em vestígios arqueológicos, onde se destaca a Anta neolítica e os silos de armazenamento de cereais. Segue-se para o Olho d´Água das Alcobertas, local aprazível para uma breve paragem no Parque de Merendas para depois iniciar a subida vigorosa em direcção a Casais Monizes, ao longo de Vale Galego, onde é comum avistar a silhueta do Peneireiro-de-dorso-malhado a sobrevoar as Penas da Andorinha. Na travessia do vale, organizado em socalcos, passam-se sucessivos chousos onde se confirma uma agricultura de subsistência com batatas, favas, abóboras, ervilhas, etc, até atingir a cumeada da Serra dos Candeeiros, onde a cota mais alta chega aos 487 metros, junto ao cruzeiro e algar do mesmo nome, no meio de um alecrinzal formando tufos arredondados dispersos pelos pequenos lapiás. Num pequeno vale, uma lagoa recentemente recuperada e tradicionalmente utilizada para bebedouro do gado, constitui uma paragem obrigatória para todos quantos ali passam, homem e animais. O regresso à aldeia de Chãos faz-se pelo estradão que define a cumeada da Serra dos Candeeiros, descendo junto à pedreira de calcite agora abandonada, mas em tempos explorada para utilização como matéria-prima na vidragem das cerâmicas. Os moinhos, assinalando pontos notáveis da paisagem serrana, fazem a aproximação à povoação.
