Antes de iniciar o percurso junto à Ribeira de Poiares, apre-
cie, no Jardim Municipal da denominada ?Capital Univer-
sal da Chanfana? (iguaria gastronómica da região confecio-
nada nas célebres caçoilas de barro preto de Olho Marinho),
o testemunho das artes e ofícios do território, consagrado no
Monumento de Homenagem ao Poiarense, fazendo alusão a
várias atividades: o moleiro (produção de farinha), o petro-
lino (comércio de azeite), a paliteira (fabrico de palitos em
flor, cuja origem remete ao Mosteiro do Lorvão), o oleiro
(olaria em barro negro), o cesteiro (fabrico de cestos e cestas),
o serrador (atividade florestal), o latoeiro (fabrico de utensí-
lios em latão, zinco, cobre ou inox) e a tecelã (fabrico de teci-
dos essencialmente à base de linho e estopa).
O percurso segue ao longo da Ribeira de Poiares, cuja galeria
ripícola é constituída sobretudo por salgueiros, freixos, carva-
lho-alvarinho, amieiro, choupo, sanguinhos e sabugueiros, que
potenciam a diversidade faunística envolvente, com espécies
como o texugo, a doninha, a fuinha, o javali, a coruja-do-mato,
o melro, o pisco-de-peito-ruivo, o lagarto-d?água ou a rã-verde.
No final do percurso, no Louredo Natura Parque, com cerca de
um hectare e situado junto ao rio Mondego, à sombra dos chou-
pos, poderá repousar desta estimulante caminhada e desfrutar
de um recinto dotado de boas infraestruturas de apoio, tais
como sanitários, parque de merendas, bebedouros, centro de
aventura, área de churrasco, entre outros. Do parque é possí-
vel apreciar as características da serra do Carvalho, nomeada-
mente a sua orografia declivosa.