Dos baluartes de Ouguela procuramos
divisar para ocidente o local onde termina este percurso. Partimos
descendo por estradão que, entre olivais tradicionais, rápido nos coloca
na margem da Ribeira de Abrilongo, que atravessamos passando de poldra
em poldra. Durante um quilómetro seguimos contra a corrente tendo a
ribeira e a sua mata ripícola como companhias. Depois afastamo-nos até à
linha de fronteira. O solo adquire tons avermelhados, indiciando alguma
alteração na geologia local. Logo iremos encontrar as ruínas de antigos
fornos que permitiam
transformar pedras calcárias em cal. De seguida, alinhamos com o traçado
da fronteira, sempre vigiados pelas oliveiras que se alinham do lado de
cá. Uma vez mais atravessamos a Ribeira de Abrilongo e entramos na
Herdade dos Adães. Para além do excelente montado, quando atingimos o
Centro de Interpretação da Natureza, Mel e Biodiversidade, percebemos
que a gestão empresarial da herdade está orientada para vincados
propósitos
ambientais: do MPB (Modo de Produção Biológico) à conservação da biodiversidade e à sensibilização ambiental.
Despedimo-nos deste centro e rumamos para Degolados, no final do percurso. Estamos a 8km de Campo Maior.