Percurso circular com início na Praça do Município do Fundão ou no Parque do Convento.Partindo da Praça do Município e seguindo em direcção à rua da Cale, passa-se pelo antigo Chafariz das Oito Bicas e continua-se a subir até à Serra junto ao Parque Desportivo. Junto aos depósitos de água, vira-se à direita e percorre-se uma grande mancha verde de vegetação arbórea. Na ligação ao Parque do Convento, vira-se à esquerda e sobe-se até um caminho alcatroado onde se volta novamente à esquerda.Na intersecção com o PR7 - Rota da Cereja, segue-se pela esquerda em direcção ao Monte de São Brás e à Pedra D?Hera.Após passagem pelo topo do Monte de São Brás, junto ao antigo castro, vira-se por uma pequena vereda por entre um denso bosque de Castanheiros até à Pedra d? Hera vislumbrando-se um panorama deslumbrante para a Cova da Beira e Serra da Estrela.Continua-se a descer por entre Castinçais e Cerejais que acompanham o percurso até à descida final pela Zona Antiga do Fundão.
A Rota da Pedra d ?Hera une o Fundão ao monte a que é sombranceiro e que sustenta a rocha que pertence memória colectiva dos fundanenses dando nome a este percurso pedeste: a Pedra D?Hera. Miradouro natural por excelência é envolta por um coberto vegetal e linhas de água cristalina que criam habitats propícios ao aparecimento e desenvolvimento de inúmeras espécies de fauna e flora.Como em toda a vertente norte da Serra da Gardunha, a densa paisagem de cores mutantes é composta por várias espécies arbóreas endémicas tais como castanheiro, carvalho, pinheiro bravo, mostajeiro, freixo que complementam as plantações de cerejal. É aqui que surge a abrótea (Asphodelus bento?rainhae), uma espécie única no mundo, que se encontra criticamente em perigo.No conjunto de pequenas flores e matos é possível observar a Festuca elegans, rosmaninho, giestas, urzes, a erva das sete sangrias, o sangalho e os tojos, que conferem às paisagens texturas, tons e aromas deslumbrantes. São várias as espécies de fauna que podemos encontrar nesta vertente da serra, sendo importante realçar a presença da lontra, uma espécie ameaçada, presente em zonas de água pura e com abundante vegetação ripícola. Predominam também aqui o texugo, a doninha, a raposa, o javali, o esquilo-vermelho, a toupeira, o tritão marmoreado, a salamandra de pintas amarelas, o lagarto de água, o sapo parteiro e a salamandra lusitânica. Quanto às aves, as mais observadas são o corvo, o pisco-de-peito-ruivo, o melro-preto, a carriça e o chapim real que habitam nos bosques de fagáceas, nos cerejais e na vegetação autóctone que ainda persiste ao longo das linhas de água.