Este percurso liga os mosteiros românicos de Bravães e de S. Martinho de Castro - ambos fundados durante a Idade Média. O ponto de partida deste percurso é a Igreja de Bravães que conjuntamente com a sua torre sineira, é o único elemento visível do Mosteiro de Bravães ? datado do início do século XIII, tendo albergado monges até ao século XV. A singularidade deste Monumento encontra-se na riqueza da ornamentação esculpida no duro granito, destacando-se a entrada principal e os tímpanos dos pórticos laterais. Depois de atravessarmos a estrada, seguimos o percurso pelo lugar da Porta, por entre os campos de cultivo e o casario. Acompanhando um pequeno riacho vamos, pouco a pouco, ganhando altitude por calçadas e carreteiros para, desta forma, vencermos os declives e chegarmos a uma pequena ermida, onde é venerada a imagem da N.ª Sr.ª da Pegadinha. Daqui pode-se apreciar a bela paisagem sobre o Vale do Lima, onde as povoações vão-se disseminando, moldando os solos e decorando o verde da paisagem, do cimo da montanha ao fundo do vale. Iniciamos, então, a descida para alcançarmos o Mosteiro de S. Martinho de Crasto, erguido no século XII. Depois de visitarmos este exemplar do património arquitetónico românico, retomamos o caminho de regresso, o qual nos conduzirá até à Ermida da N.ª Sr.ª da Pegadinha para em seguida cruzarmos a pequena Chã da Pegadinha. Novamente na estrada, cruzamo-la para descermos suavemente por um caminho que nos levará a Bruzende e posteriormente à Quinta da Cheira onde Tomás de Figueiredo escreveu ?A Toca do Lobo?. Tomando o caminho florestal alcançamos o lugar de Ermeiro e por entre carreiros a Quinta do Morgado da Roda, para seguirmos um antigo itinerário - o ?Caminho da Missa? - que conduzia os fiéis religiosos à velha Igreja de Bravães. Este caminho acaba por desembocar na EN 203, uns metros acima do ponto onde teve início este percurso.