A construção da Barragem da Póvoa (1927) criou um plano de água com 236 hectares cujo perímetro este percurso, parcialmente, permite percorrer. Iniciando-se junto à Área de Serviço para Autocaravanas, logo deparamos com a Necrópole da Boa Morte, que nos indicia que o território é rico em sítios arqueológicos. À entrada do paredão da barragem desviamos para visitar o espaço que lhe está a jusante: um moinho hidráulico e um chafurdão testemunham antigas construções rurais e as atividades que aqui se praticavam. No final do paredão passamos a seguir junto à cota que corresponde ao nível de pleno armazenamento da albufeira. Ao passarmos próximo da estrada municipal poderemos encontrar, na sua berma, uma sepultura antropomórfica bem conservada. Mantemo-nos junto da margem até ao ponto em que um observatório de aves nos aguarda. É o momento para tirarmos os binóculos da mochila. A partir daqui afastamo-nos um pouco da albufeira para cruzar uma área de carvalhal onde o granito surge em afloramentos, em pedregulhos soltos ou em pedras toscamente empilhadas em muros. A última parte do percurso decorre em terra batida, finalizando num segundo observatório, no qual aproveitamos para nos despedirmos da barragem e da sua avifauna.