Trata-se de um percurso de âmbito ecológico-paisagístico, inserido
numa topologia de vale e montanha, com uma distância aproximada de 10,5
km e uma duração média de 3h45. Apresenta um nível de dificuldade
moderado, com cotas mínimas de 703 m e máximas de 1108 m de altitude.
O
planalto de Santo António de Vale de Poldros é uma zona coberta de
tojo, giesta, urzes e carquejas, entremeado de campos de feno (lameiros)
e ?cardenhas? (habitações típicas das brandas), outrora uma autêntica
aldeia serrana, cheia de vida, agitação, festa e, sobretudo, trabalho
com vivência mais centrada nos meses de verão (maio a setembro). Esta é a
principal característica das ?brandas?.
Estes caminhos eram,
também, percorridos pelos Carvoeiros que, antigamente, se dirigiam à
montanha, uma vez que, apenas lá, encontravam as urzes que produziam
carvão de qualidade superior.
As manadas de burras que ali vivem,
livremente, confirmam o nome das terras: VAL-DE-POLDROS. Ainda hoje, as
crias das éguas (entenda-se burras) são ?poldros? ou ?poldras? e não
?potros?. Outro elemento de elevado interesse são os ?quarteis?, local
de abrigo dos romeiros que no dia de Santo António vêm para a bênção do
gado.