Este percurso desenvolve-se a partir da vila de Castro Laboreiro em direção à Branda do Rodeiro. Um percurso que permite ?viajar? pelo planalto castrejo, um território que guarda, até hoje, marcantes vestígios do passado.
Ao embrenhar-se no planalto que se desenvolve na serra do Laboreiro até à chamada ?raia seca?, linha de fronteira com a Galiza, encontra-se um espaço sagrado pré-histórico testemunhado na paisagem pelos dólmenes ou antas que se encontram agrupados em núcleos relativamente restritos, formando uma grande Necrópole, o que indica a importância coletiva e simbólica deste lugar.
A Necrópole Megalítica data do Neolítico Médio/Final até à Idade do Bronze e é uma das maiores e mais importantes da Peneda-Gerês. Os núcleos espalham-se por uma área de cerca de 50 km2, a uma altitude superior a 1100 metros e, graças a esta localização, apresentam-se em boas condições de conservação. A maior parte das mamoas conserva ainda o dólmen megalítico.
O núcleo do Alto da Portela do Pau é o único desta extensa área que foi objeto de investigação arqueológica. Fruto da intervenção, um dos monumentos foi parcialmente reconstituído para visitação. Uma particularidade são os motivos gravados e ténues vestígios de pintura nos esteios ainda visíveis. O monumento com maior destaque neste local é a Mota Grande, sendo esta a maior mamoa do planalto, já em território galego.
Este património cultural convive harmoniosamente com um outro tesouro do património natural, as Turfeiras Atlânticas que só podem ser encontradas em zonas de montanha acima dos 800 metros e em zonas encharcadas. Outrora abundantes, hoje, são um habitat raro em Portugal, mas com enorme importância ecológica.
O Percurso prolonga-se até outras Brandas desce às Inverneiras para encontrar o caminho de regresso ao ponto onde teve início.