O percurso tem início na povoação de Namorados e oferece uma combinação das duas principais unidades paisagísticas da Zona de Proteção Especial (ZPE) de Castro Verde: a pseudo-estepe e o montado. O montado é um habitat rico em biodiversidade, acolhendo diversas espécies de fauna e flora. Entre as aves, destaca-se o Peneireiro-cinzento, que pode ser avistado no inverno. Na primavera, retornam espécies migratórias como o Picanço-barreteiro e o Cuco-rabilongo, juntando-se às aves residentes, como a Pega-azul, a Poupa, o Mocho-galego, o Estorninho-preto, as trepadeiras, os pica-paus e os chapins.
As margens da ribeira de Cobres, com sua vegetação mais densa, abrigam espécies típicas de áreas ribeirinhas, como o Rouxinol-do-mato e o Abelharuco, além de animais terrestres como a Rã-verde, a Salamandra-de-costelas-salientes, o Cágado-de-carapaça-lisa e a Cobra-de-água-viperina. Com um pouco de sorte, também é possível observar a Lontra, embora seja mais difícil de avistar.
O percurso passa por São Pedro das Cabeças, um local lendário associado à Batalha de Ourique (1139), importante na história de Portugal.
Na área de pseudo-estepe, durante o inverno, é possível observar aves como o Abibe, a Tarambola-dourada e o Tartaranhão-azulado. Na primavera e verão, surgem o Tartaranhão-caçador, o Milhafre-preto e a Cegonha-branca.
Ao longo do caminho, a paisagem é pontuada pelos tradicionais montes alentejanos, que acrescentam um charme especial ao percurso.
Este itinerário está homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, garantindo a sua qualidade e segurança para os caminhantes.