Este percurso linear atravessa as deslumbrantes encostas norte e sul da Serra da Arrábida até ao icónico Portinho da Arrábida, destacando-se pela sua diversidade paisagística e histórica. Pelo caminho, atinge o ponto mais alto da cordilheira, o Alto do Formosinho, marcado por um marco geodésico a 501 metros de altitude.
De nível de dificuldade elevado, este trajeto aproxima-se das condições típicas do montanhismo, exigindo preparo físico devido às acentuadas inclinações e à irregularidade do terreno. É considerado um dos percursos mais emblemáticos da região, não apenas pelas suas exigências técnicas, mas também pelas conexões históricas com os primeiros povoados da Arrábida, como a formação rochosa do Castelo dos Mouros, e com os antigos círios de devoção a Nossa Senhora da Arrábida.
O desafio deste percurso não se limita à escalada e às zonas de cascalheira, mas também à densa vegetação mediterrânica que o envolve. O esforço é amplamente recompensado pelas vistas panorâmicas que abrangem o estuário do Sado, o Tejo e o encontro com o Oceano Atlântico, num cenário de tirar o fôlego.
Localizado junto à zona de proteção total do Parque Natural da Arrábida, este trilho preserva um ambiente inóspito e inalterado, onde a vegetação arbustiva mediterrânica domina. Na etapa final, os caminhantes encontram o histórico Convento da Arrábida, datado do século XVI, situado na vertente sul da serra. Este local, que pertence à Fundação Oriente, é uma joia cultural e espiritual, acessível apenas mediante marcação prévia. Nas redondezas, outras construções de interesse, como as guaritas, a Capela do Bom Jesus e o Convento Velho, complementam a experiência, oferecendo uma oportunidade única de exploração histórica e arquitetónica.
Este percurso é ideal para os amantes de aventura e natureza que procuram um contacto mais próximo com a rica biodiversidade, história e paisagens imaculadas da Serra da Arrábida.