Iniciando-se em Soeima, na encosta sul da serra de Bornes, a 1000 metros de altitude, este trilho permite avistar dezenas de povoações, mesmo de outros concelhos. O nome da localidade vem do moçárabe ?Soleima?, que tanto pode significar forte, como paz. Por volta do século XIII este território pertencia a um importante nobre da região, D. Nuno Martins, de Chacim, que foi aio de D. Dinis. Até 1853 a localidade pertenceu ao antigo concelho de Chacim, que nesta mesma data passou a ter como sede Macedo de Cavaleiros. Em 1855 os territórios de Soeima e Gebelim entraram para o concelho de Alfândega da Fé.
O percurso inicia-se no largo da aldeia, um espaço de convívio tradicional adornado com uma fonte, com a capela de Nª Sr.ª do Rosário e com um cruzeiro de 1940. Deste local seguimos até junto de uma fonte de mergulho e de um lavadouro público que ainda é utilizado pela população. Já num caminho rural, apreciamos a beleza natural dos soutos de castanheiros. A castanha continua a ser um dos principais produtos agrícolas da aldeia. A descer vamos ter à ribeira do Rabo de Burro, zona de moinhos de água, alguns em bom estado de conservação, sendo visíveis as suas peças. A moagem dos cereais, nomeadamente do centeio, teve em tempos uma grande importância no concelho. As gentes de Soeima conseguiam produzir este cereal até aos 1100m de altitude.
A viagem prossegue e por entre uma beleza natural única chegamos à aldeia de Gebelim, cujo nome poderá ser de origem árabe, proveniente de ?jabalon?, que deriva de ?javal? e significa monte ou montes. Na aldeia podemos ver uma fonte de mergulho restaurada, alguns chafarizes e vários nichos, incluindo um maior e mais recente, dedicado a S. Martinho, orago da paróquia, terminando o percurso neste local.