Enquadrada na Freguesia de Ortiga, a Rota da Ortiga Sul permite o contacto com zonas agrícolas, zonas de pastagem e zonas piscatórias. Essa é, na verdade, a sua maior riqueza.
Desenvolvendo-se num contacto privilegiado com duas ribeiras (Boas Eiras, a sul, e Eiras, a norte) e ainda com o maior rio da península ibérica (Tejo, a sul), a Rota do Ortiga Sul é, muito provavelmente, a mais rica e diversificada em termos de paisagens, tocando, aqui e ali, três regiões distintas: Beira-Baixa, Ribatejo e Alentejo.
Falamos pois de um percurso muito rico e diversificado, com paisagens arrebatadoras proporcionadas sobretudo pelos ambientes ribeirinhos do Vale do Tejo. Além da diversidade natural e patrimonial, o caminhante pode deleitar-se com os testemunhos remotos da origem do Tejo, a sua relação milenar com os povos que aqui se fixaram até à actualidade e com a simbiose perfeita entre o rio e a serra. Faltam-nos palavras para descrever a sensação de imersão nos cheios e sons da natureza proporcionados pelo Tejo.
Não surpreende, portanto, que possa cruzar-se com um ou outro picareto, os icónicos barcos que outrora navegavam o Tejo e são hoje testemunho riquíssimo do património cultural deste concelho. É igualmente possível cruzar-se com gentes da pesca e sentir a relevância de um rio que urge proteger.
Salientamos, por fim, que se trata de uma rota adequada para praticantes de BTT e na qual é possível encontrar diversos pontos de água potável (fontes) disponíveis. Ao nível de acessibilidades, a localidade de Ortiga é servida por duas paragens ferroviárias (apeadeiros de Ortiga e da Barragem Belver, ambos na linha da Beira Baixa) e pela A23 (nó Ortiga-Mação).