Este é um vasto território de paisagens suaves, onde o tempo segue o seu próprio ritmo. Reza a lenda que, no século V, uma corajosa mulher, esposa de um ferreiro local, armada com malhos, defendeu a Cidade de Singa dos invasores bárbaros. A antiga defesa castelar, que outrora pertencia ao desaparecido castelo da Ordem de Santiago, hoje dá lugar ao cemitério local. Em redor de Ferreira do Alentejo, estendem-se férteis olivais, que desenham uma paisagem rural produtiva, oferecendo descanso à vista e à alma de quem por ali passa.
Explorar Ferreira do Alentejo através deste percurso é como contemplar uma paisagem infinita de campos, onde as searas, os terrenos de regadio, os olivais e a criação de gado são símbolos vivos de riqueza, presentes em cada pedaço de terra. Este trajeto, acessível a qualquer caminhante, permite conjugar as vastas planícies com pontos altos estratégicos, de onde se avista o horizonte longínquo.
O percurso inicia-se no Posto de Turismo, ao lado da Capela do Calvário. Daqui, segue-se pela Rua Capitão Mouzinho em direção à Igreja Matriz de Ferreira do Alentejo. Depois, atravessa-se a Praça Comendador Infante Passanha, situada nas traseiras da igreja, e ao virar da praça, continua-se em direção à Igreja da Misericórdia e ao cemitério, local onde se ergueu o desaparecido Castelo de Ferreira. Após o cemitério, segue-se pela estrada asfaltada à esquerda até alcançar um extenso olival, onde se vira à direita para um caminho de terra batida.
Continuando por esse caminho, passa-se junto ao aeródromo, avançando sempre em frente até chegar a uma curva à esquerda que leva aos grandes pavilhões agrícolas e pecuários da Vacaria da Torre.
Daqui, o percurso dirige-se para a represa, mas antes de lá chegar, segue-se pela estrada de terra em direção ao norte até ao primeiro entroncamento, onde se vira à direita, contornando a margem direita da albufeira. Após atravessar um antigo olival, vira-se imediatamente à esquerda junto ao novo olival, iniciando a subida até ao Cerro da Águia, um ponto de onde se obtém uma vista panorâmica dos campos circundantes.
A descida é suave, em direção à estação de distribuição de água de rega. O caminho contorna esta estação até cruzar uma pequena ribeira encaixada no vale. Logo após, vira-se à esquerda, contornando o rebordo de rega do pivô circular. Ao chegar à estrada asfaltada, segue-se à direita, ao lado do imenso nogueiral da Quinta do Pereiro, continuando pela estrada rural que leva de volta à vila de Ferreira do Alentejo, pelo mesmo caminho percorrido na ida.
