O trilho "Pelos caminhos da Chã de Arefe" é um percurso classificado como de pequena rota, com 7,2km, de tipologia circular e de dificuldade "algo difícil" com vários pontos de interesse de cariz arqueológico, rural, religioso e paisagístico, que percorre parte do território da U.F. de Durrães e Tregosa e ainda da U.F. de Quintiães e Aguiar. Este percurso é um convite aos pedestrianistas para ingressar numa viagem no tempo, entre a pré-história e a actualidade. Desde a ruralidade típica do Minho aos vestígios arqueológicos relativos a ocupações que vão da Idade do Bronze à Idade Média, até à emblemática Ponte Seca, o percurso apresenta diversos pontos de interesse, aos quais se soma o paisagismo e naturalmente o vastíssimo património natural, típico do Vale do Neiva.
Como ponto de referência para início e fim desta rota, encontra-se o antigo apeadeiro de Durrães, convertido em Museu «Porta do Neiva», bem no centro da freguesia, a partir do qual o percurso segue para a imensidão verde e histórica do Monte de Arefe, percorrendo caminhos
rurais e de terra batida, até ao topo do planalto da Chã de Arefe, tendo como pano de fundo o Rio Neiva, o minifúndio, o Monte da Carmona, o azul do oceano Atlântico e o Monte de Santa Luzia.
Em termos de curiosidades é de destacar a Ponte Seca, construída no Séc. XIX, os vestígios arqueológicos que se espalham pelo Monte de Arefe, tais como: o castro dos castelos, a necrópole, as mamoas, o curioso caminho castrejo e o antigo povoado do Picoto dos Mouros. Isto, para além da hospitalidade das gentes e da arquitetura vernacular que ressalta à vista nos núcleos rurais, que somados à tranquilidade típica desta área a norte do concelho de Barcelos resulta numa experiência de grande valor cultural, turístico e natural.
Do ponto de vista natural, não se surpreenda, ao longo do trilho, com prováveis avistamentos de várias espécies faunísticas como a raposa (Vulpes vulpes), o coelho bravo (Oryctolagus cuniculus), a gralha-preta (Corvus corone), a poupa (Upupa epops), a pega (Pica pica), a carriça (Troglodytes troglodytes), o melro-comum (Turdus merula), rouxinol- comum (Luscinia megarhynchos) e o cuco (Cuculus canorus).
No que toca à vegetação, predominam o pinheiro-manso (Pinus pinea L.), o pinheiro-bravo (Pinus pinaster Aiton), o carvalho (Quercus faginea L.), o sobreiro (Quercus suber), a giesta (Cytisus striatus), o feto (Pteridium aquilinum), a urze (Calluna vulgaris), entre outras.
Respeite a natureza, as gentes e os lugares. Descubra este percurso e surpreenda-se com tudo o que tem para lhe oferecer.